Liberta-me de Maya
Liberta-me de Lucifer
domingo, 16 de dezembro de 2012
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
O monstro dominou-o não atacando-o com sua arma, pois se o fizesse a coisa somente morreria e morrer é fácil demais, inevitável. Não! Atacou-o com o silencio, que revelou a verdade a qual as palavras recusaram-se a acatar, provável que por incapacidade vocabular daquelas que ainda não conseguiram ser inventadas. E o vazio consumiu suas realidades. Restara a coisa um pouco de falta de sentido e um pouco de um inconformismo desapercebido. E deste resto fez-se novamente a busca pela liberdade do monstro que lhe manteve nesse sereno e por isso cruelmente judiado com o passar, desesperador a ponto de tresloucar uma coisa que eu narro. Essa liberdade que se busca, as vezes sinto que ela prendeu-me em ideias antigas,como se a mudança alterasse em essência oque sou. Pois não sei se uma verdadeira transmutação não corrói também o cerne. Se mudasse, oque realmente mudaria? Oque realmente é mudar onde não podemos criar nada. A mudança só tem sentido como palavra quando ela não é a simples condição humana de tudo que existe. Digo que ela é tudo pois quando faço algo, esse algo é uma ideia deformada de coisas que ja vivi e estão guardadas em mim. Então nada é novo, só se transmuta de acordo com as velhas e já existentes experiencias.
sábado, 1 de setembro de 2012
O mundo degladeia-se por convenções; Deus é um ótimo exemplo do que digo, os que dizem Deus como pai, costumam idealizar a imagem de outra pessoa, os estoicos já o concretizam como oque tange, oque percebemos, nosso universo, os Ateus, chamariam-no de Homem, e assim, esqueceu-se a ideia de uma unidade intangível, para o culto ao existir da gravura, dar forma é o objetivo e lutar pela existência dessa forma o fim máximo. Isso ocorre pois na sociedade atual a ideia maquiavélica de que o que resulta de importante ao domínio são os fins e não os meios propagou-se visceralmente. Mas o meio é onde trancorre o tempo,o viver é o meio , é a importancia, o modo como vivemos é mais importante do que o para que!
domingo, 26 de agosto de 2012
Falo tantas baboseiras tentando falar a coisa certa. A coisa certa não tem palavras para ser falada, mas a boca ainda exige uma proposição. Os olhos, metonímia da alma, vislumbram somente aquilo que é externo, mas aquilo que é meu por direito foi-me escondido num canto obscuro ou fragmentado de mais, além do horizonte de minha perspectiva.
Você pensa, pensa, pensa, e a vida transcorre, na volta ao presente já se percebem mudanças e nada foi feito. Viveu-se de mais e nada foi compartilhado. Parece que nada foi feito. Uma transmutação ocorreu, mas esse desvio do que fui morre comigo, não deram-me o tempo de viver e mostrar que vivia. Definha-me o viver la fora, ter que mostrar que se vive é muito complicado! O tempo parece cada vez mais fluido e o mundo quer, exige atitude, protesto, movimento, mas a alma receia, fica doente, quer algo estável em si e no outro, o calor humano dissipa-se nas primícias do fluxo. Antes vivera o deslumbramento, mudanças bruscas, revoltas, verdadeiras revoluções, presenciei o calor do inferno, senti uma paixão meio que sádica dilacerar no peito, mas logo acostumei-me ao fogo e a sua intensidade já não me consumia, passei então ao limbo pensante novamente, lugar que permeia entre dúvidas, essas complexas que imobilizam os membros e a língua, impedem qualquer atitude, lugar dos aparentemente mortos ou dos mortos vivos. Breve, num dia, senti um desespero e assim fui expulsa do limbo e acabei por piedade divina no céu
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Olhos
Metonímia do âmago
Admiro-lhes claros
Quando o refletir das íris
translúcidos, revelam oque escondo de mim através de ti
Mas seduzem-me os escuros
Tão escuros que absorvem-me
Não há luz que permeie seus mistérios
Intransponivelmente belos
Quando inclinam-se para baixo, curvados, tímidos
Revolvem-me, passivamente passionais
terça-feira, 7 de agosto de 2012
O despertador me acordara aos assombros, revirei naquele colchão que com as passar dos anos foi perdendo a macies e voltei a cerrar as pálpebras delimitando em minha mente um novo prazo para acordar numa espécie de especulação do tempo que faço todos os dias. Foi um cerrar de olhos para que os pensamentos se aprisionassem a esse tempo que me restava. Perguntava a minha mente quem foi decerto a pessoa que primeiro amarrou suas origens ao tempo e aprisionou-me nesse sonambulismo profundo e nauseante. Comecei a ordenar meus afazeres diários em ordem cronológica, um por um, com metas rígidas as quais sabia que não iria cumprir e que me faziam simplesmente gastar esse tempo o qual era administrado pelo meu plano honorário de metas. O planejamento temporal gastara meu tempo de sono. Abri os olhos novamente com uma sensação de atraso. Aquele tempo necessário ao levantar para desabrochar levemente as ramas do corpo foi consumido pelo tempo que planejara o tempo. Toda aquela agitação de madrugada me perturbava sobremaneira. Acordar de madrugada quando desocupada, oque não era o caso, leva-me a um ócio perturbador mas que de certa maneira me motiva a viver, não viver a carne pesada que sustento e que pertence a tudo , mas viver a plenitude de esquecer que se vive, viver aquela parte de mim que não me pertence, para deixar de planejar a vida e viver a sensação de viver. Viver a cessação de toda uma vida. Madrugada é tempo de ócio, tempo de criar, tempo de cultuar o silêncio. Madrugada é tempo de desespero,tempo de nada. Madrugada é não ter tempo para o tempo. Madrugada é tempo de imcompreensão. Madrugada é tempo de vida, acordar para o dia é deixar-se morrer.
segunda-feira, 30 de julho de 2012
As vezes me engrandeço contemplando a expressão do que sou como num espelho interno, do lado que creio ser o mais retraído e insubordinado de meu ser. Olho com detalhes, encontro esse sentimento profundo como uma entrega ao silêncio que parece me entender melhor que essas palavras que falo e que não me pertencem, falo numa tentativa de caber nas expectativas, tento ser oque a medida do coração alheio me pede, tenho essa pretensão de achar que sei oque outros necessitam sem nem ao menos saber o rumo que devo tomar para suportar o peso de minha ignorância em não saber contemplar e tentar palpar a beleza que se encontra no intocável, no que ultrapassa a linha da minha explicação banal das coisas e nesse desespero acabo por errar, trair os sentimentos do outro, pisar e subestimar oque há de mais sublime na vida afora do que constitui meu perceber sombreado, como um cuspir em lagrimas, vômito toda essa burocracia de meu discurso e sinto um certo repúdio pelo que antes contemplara. Aquela imagem do espelho interno encontra-se em muitos outros espelhos e toda a plenitude e exuberância dessa imagem engrandecida mostra-se igual nos diversos espelhos reduzindo aquela vastidão de imagens a uma só. Então eu encolho, me sinto tão, tão pequenina que sinto que posso prever todos os meus movimentos, me sinto tola e totalmente compreensível, dou risada de mim e me sinto um pouco aliviada, sentimento que raramente me ocorre mas que é de uma doçura tão afável, sinto-me mais leve e tenho aquela coragem mais cotidiana de pedir desculpas a todos e logo perdoar ao outro e a mim mesma numa espécie de ascensão sagrada. A cada dia tenho superado essa barreira do convívio e de certa maneira holística me aproximo de uma incerteza, uma neblina que de certa maneira é plena, plena do calor que erradia das coisas, plena de aceitação, de aceitar esse caos que come meus apegos aos poucos, essa desestabilidade humilde e oculta.
terça-feira, 10 de julho de 2012
Esse meu olhar vive no limiar do teu
Quando passas vive a te procurar e quando teus olhos rumam ao encontro do meu, desvio-o rapidamente mesmo crendo que decerto já pudeste nota-lo pois não consegue deixar de seguir a presença dos teus.
Desvio-o pois tenho medo de que a íris desses olhos meus possam transparecer minh'alma assim como as suas o fazem a ti
Pobres desses meus olhos que procuram consolo na existência dos seus...
Quando passas vive a te procurar e quando teus olhos rumam ao encontro do meu, desvio-o rapidamente mesmo crendo que decerto já pudeste nota-lo pois não consegue deixar de seguir a presença dos teus.
Desvio-o pois tenho medo de que a íris desses olhos meus possam transparecer minh'alma assim como as suas o fazem a ti
Pobres desses meus olhos que procuram consolo na existência dos seus...
terça-feira, 26 de junho de 2012
Inspiração
Distraia-se por um segundo e a fluidez da vida carregara pelos ares toda a sensibilidade de um coração oprimido.
Deixe-se perder no mais secreto da vida que reside em você, encontrando-se novamente revolte-se com o mundo, que não lhe permite o ócio e suas ideias.
Explore o egoismo do belo que reside em seu labirinto, desejando que por fim, um dia, todos possam exaltar esse caminho sem volta
E que desse caminho tresloucado, crie-se um mundo tão vasto que o mundo não lhe mais bastará
Distraia-se por um segundo e a fluidez da vida carregara pelos ares toda a sensibilidade de um coração oprimido.
Deixe-se perder no mais secreto da vida que reside em você, encontrando-se novamente revolte-se com o mundo, que não lhe permite o ócio e suas ideias.
Explore o egoismo do belo que reside em seu labirinto, desejando que por fim, um dia, todos possam exaltar esse caminho sem volta
E que desse caminho tresloucado, crie-se um mundo tão vasto que o mundo não lhe mais bastará
sexta-feira, 8 de junho de 2012
O melhor amor é aquele que se tem primeiro, inexperiente. Não sabemos como manipula-lo e acabamos por fingir desprezar o objeto amado. Amor que não é manifestado, manifesta-se por si. Escolhe os caminhos mais complicados e de tão engrandecido que se faz, acaba sendo calado, introspectivo de mais, vive dentro de si, pois só o amor pode consolar-se através de sua própria dor.
domingo, 3 de junho de 2012
domingo, 15 de abril de 2012
Amizade
Um dia um garoto me disse que o fato de eu sempre dizer que gostava de literatura, música erudita dentre outras vertentes cuja sensibilidade era exposta explicitamente ao publico que as apreciavam era uma mentira, uma vez que eu era estridente, ria como uma garça, falava pelos cotovelos e buscava chamar a atenção dos que estavam ao meu arredor de todas as maneiras possíveis. Primeiramente senti vontade de dizer a esse rapaz que ele estava enganado, mas parei, pensei e logo deduzi que parte do que ele me dissera estava totalmente correto, não porque eu não era tocada por essas criações artísticas de grande sensibilidade mas porque eu realmente menti. Sim, menti. Ter amigos nos dias atuais e não sei se isso se resumi ao atual período em que vivemos, exige uma certa mentira. A amizade é a arte de enganar o próximo, fazendo-se próximo à mentira que ele expressa de si.
domingo, 8 de abril de 2012
Ela
Era uma vez Ela dente muitas Delas. Ela pensava alto, era uma garota que sonhava em ser livre. Livre dos pais, de um lar, das ideologias, livre da vida, da existência, do medo, livre de si, livre do tudo e do nada. Sonhava com aquilo que não existia, aquilo que era inimaginável a sua própria imaginação. Ela sonhava em desorientar-se. Sonhava que o mundo se fusionasse para finalmente poder ser só. Obviamente sonhava alto de mais para ser um sonho, afinal os sonhos tem um certo sentido. Ela descrevia oque não existia como se conhecesse o segredo oculto de todas as coisas. Ela queria morrer todos os dias e nascer também todos os dias. Ela queria escrever um livro sem palavras. Ela queria ser o sentido de todo o paradoxo já existente. Ela queria decifrar o Amor, descobrir-SE pudesse. O Amor d'ELA era irremediável e urgente.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Somos células de um vasto corpo chamado mundo e se estamos no mesmo corpo somos a mesma coisa, então porque a intensa necessidade de controlar ou descobrir tudo oque é externo a mim e esconder ou ignorar as verdades ocultas por dentro? Afinal é a mesma coisa. É a mesma coisa e não é, somos iguais e não somos, se levar essa conversa muito a fundo posso terminar louca. Parece que eu mesma tenho a necessidade de esquecer oque estou escrevendo pois a cada minuto tenho que reler o que escrevo e começar uma nova linha racional, sendo assim o resultado é totalmente inesperado e a hipótese original é totalmente ignorável , nem me recordo oque ela era. Estou cada vez mais paranoica, filosofando sobre roupas intimas e o mais engraçado é que a roupa intima acaba me levando a ao mesmo lugar que o assunto universo, amor ou qualquer outra coisa "complexa" nesse mundo, sim, filosofar sobre roupas intimas é como filosofar sobre o amor. As pessoas acham que estou louca mais se a cada delírio eu substituísse a roupa intima por uma palavra mais abstrata eu seria completamente normal. Oque uma roupa íntima não faz no julgamento de uma pessoa. E admitir isso seria um atestado de loucura (...)
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Os dias tem sido cada vez mais difíceis. O golpe final não é simplesmente a dor inata a impureza e mediocridade das coisas, mas sim, a pressão de um pai para que seu filho desesperançoso poça ser feliz. Não posso mais chorar, pois a cada gota, alguém sempre irá me coibir a não fazê-lo que é quando as coisas pioram, pois toda a dor é pisada pela incompreensão dos conselhos alheios. A sensação de ser repreendido durante um momento de extrema fragilidade é a pior de todas. É como se cuspissem em suas lágrimas e entalhassem todo o cotidiano, a burocracia, todas as coisas de sentido único nesse mundo guela a baixo.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
domingo, 15 de janeiro de 2012
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
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