sexta-feira, 14 de setembro de 2012
O monstro dominou-o não atacando-o com sua arma, pois se o fizesse a coisa somente morreria e morrer é fácil demais, inevitável. Não! Atacou-o com o silencio, que revelou a verdade a qual as palavras recusaram-se a acatar, provável que por incapacidade vocabular daquelas que ainda não conseguiram ser inventadas. E o vazio consumiu suas realidades. Restara a coisa um pouco de falta de sentido e um pouco de um inconformismo desapercebido. E deste resto fez-se novamente a busca pela liberdade do monstro que lhe manteve nesse sereno e por isso cruelmente judiado com o passar, desesperador a ponto de tresloucar uma coisa que eu narro. Essa liberdade que se busca, as vezes sinto que ela prendeu-me em ideias antigas,como se a mudança alterasse em essência oque sou. Pois não sei se uma verdadeira transmutação não corrói também o cerne. Se mudasse, oque realmente mudaria? Oque realmente é mudar onde não podemos criar nada. A mudança só tem sentido como palavra quando ela não é a simples condição humana de tudo que existe. Digo que ela é tudo pois quando faço algo, esse algo é uma ideia deformada de coisas que ja vivi e estão guardadas em mim. Então nada é novo, só se transmuta de acordo com as velhas e já existentes experiencias.
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