domingo, 15 de abril de 2012
Amizade
Um dia um garoto me disse que o fato de eu sempre dizer que gostava de literatura, música erudita dentre outras vertentes cuja sensibilidade era exposta explicitamente ao publico que as apreciavam era uma mentira, uma vez que eu era estridente, ria como uma garça, falava pelos cotovelos e buscava chamar a atenção dos que estavam ao meu arredor de todas as maneiras possíveis. Primeiramente senti vontade de dizer a esse rapaz que ele estava enganado, mas parei, pensei e logo deduzi que parte do que ele me dissera estava totalmente correto, não porque eu não era tocada por essas criações artísticas de grande sensibilidade mas porque eu realmente menti. Sim, menti. Ter amigos nos dias atuais e não sei se isso se resumi ao atual período em que vivemos, exige uma certa mentira. A amizade é a arte de enganar o próximo, fazendo-se próximo à mentira que ele expressa de si.
domingo, 8 de abril de 2012
Ela
Era uma vez Ela dente muitas Delas. Ela pensava alto, era uma garota que sonhava em ser livre. Livre dos pais, de um lar, das ideologias, livre da vida, da existência, do medo, livre de si, livre do tudo e do nada. Sonhava com aquilo que não existia, aquilo que era inimaginável a sua própria imaginação. Ela sonhava em desorientar-se. Sonhava que o mundo se fusionasse para finalmente poder ser só. Obviamente sonhava alto de mais para ser um sonho, afinal os sonhos tem um certo sentido. Ela descrevia oque não existia como se conhecesse o segredo oculto de todas as coisas. Ela queria morrer todos os dias e nascer também todos os dias. Ela queria escrever um livro sem palavras. Ela queria ser o sentido de todo o paradoxo já existente. Ela queria decifrar o Amor, descobrir-SE pudesse. O Amor d'ELA era irremediável e urgente.
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